Vacinação em menores de idade ainda não está no calendário oficial

A vacinação de crianças e adolescentes contra o novo coronavírus ainda depende da conclusão de estudos. O Instituto Butantan, responsável pela produção da Coronavac, em parceria com o laboratório Sinovac, diz que estudos estão em preparação e “serão anunciados publicamente quando avaliados pelas autoridades éticas e regulatórias”.

A faixa etária não está contemplada no calendário atual, que prevê apenas a imunização da população acima de 18 anos. As fases 1 e 2 de testes já estão em andamento na China e para acontecer no Brasil, a fase 3 precisa ter, além dos resultados das duas primeiras fases, a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Por meio de nota, a agência reguladora afirmou que não tem, até o momento, novas solicitações ou alterações para os estudos. “Os testes clínicos autorizados e em andamento para a vacina Coronavac previram em seu desenho de pesquisa pessoas com 18 anos ou mais de idade.”

O infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, afirma que, quando uma vacina é desenvolvida, deve-se pensar na prevenção de uma doença para os grupos mais afetados – o que, se tratando da Covid-19, não é o caso de crianças e adolescentes.

“Crianças menores de 10 anos representam pouquíssimos casos. Claro que quando existe um desenho de estudo pronto acaba-se aproveitando porque os protocolos e o recomeço dos estudos daqui a 10 anos seria muito caro. Mas não há nenhum interesse em vacinar crianças neste momento”, disse o especialista.

Kfouri afirmou que não há como prever quais seriam as implicações de ministrar as atuais doses das vacinas nesta faixa etária. “Não se sabe se responderiam melhor ou pior, pela imaturidade do sistema imune”.

Segundo ele, as crianças também se mostraram menos transmissoras do novo coronavírus, diferentemente do que ocorre com outros vírus respiratórios.

FOLHAPRESS

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