Ex-alunos do IFRN realizam protesto nesta segunda-feira contra intervenção no Instituto

A intervenção do Ministério da Educação no IFRN completou quatro meses em 20 de agosto. Para marcar a data, um grupo de ex-alunos da instituição realiza uma manifestação pública nesta segunda-feira (24), a partir das 10h, em frente ao Campus Natal Central.

Segundo os organizadores, o movimento é apartidário e pacífico.

O governo Bolsonaro nomeou em 20 de abril o interventor Josué Moreira de Oliveira para o cargo de reitor pro-tempore atropelando o resultado das eleições internas realizadas em dezembro de 2019. Na ocasião, o professor de Educação Física José Arnóbio de Araújo foi eleito com mais de 48% dos votos. O escolhido para o cargo foi indicado pelo deputado federal general Girão Monteiro (PSL) e sequer participou do processo eleitoral.

Uma das reivindicações do protesto é a posse imediata do reitor eleito.

A ideia do ato em defesa do IFRN surgiu dos próprios ex-alunos que, através das redes sociais, vêm acompanhando a situação de intervenção.

A equipe organizadora destaca que o Instituto foi um divisor de águas na vida de vários estudantes que passaram pela escola que, antes de ser batizada de IFRN, já foi chamada de ETFERN e CEFET. O Instituto do Rio Grande do Norte é uma referência de qualidade para o país. Há, ainda hoje, uma relação de afeto com a instituição por parte da imensa maioria dos ex-alunos.

“O que acontece de ruim com essa casa de ensino atinge os ex-alunos também. Alguns são pais de alunos. Faz cinco meses que a Instituição está parada porque o interventor não apresentou, até o presente momento, um plano de retorno e nem dialoga com os órgãos colegiados para ouvir uma proposta. Por causa dessa situação, os ex-alunos decidiram apoiar a Instituição e a decisão da comunidade acadêmica, que elegeu, legitimamente, seu reitor, através do voto, em um processo eleitoral sério, referendado e aprovado em todas as instâncias necessárias”, diz um trecho da nota enviada à imprensa.

Durante o protesto, haverá espaço aberto para fala dos participantes. Após o ato presencial (com número limitado de pessoas, respeitando-se o distanciamento exigido pelo protocolo de saúde e segurança), uma carreata sairá do local da concentração até o prédio da Reitoria.

A equipe organizadora ressalta que não serão levantadas bandeiras de partidos nem de sindicatos à frente.

Site: Saibamais

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