Laboratório brasileiro protocola pedido de uso emergencial da Sputnik V

A União Química e o RDIF (Fundo de Investimentos Diretos da Rússia) anunciaram nessa sexta-feira (15) que pediram à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a autorização de uso emergencial da Sputnik V –vacina russa contra a covid-19.

Segundo a União Química, 10 milhões de doses do imunizante estarão disponíveis até o final do 1º trimestre de 2021. Representantes da farmacêutica nacional foram à Rússia na segunda-feira (11) para tratar dos procedimentos industriais e iniciar a produção da Sputnik V em solo brasileiro. A vacina será produzida nas fábricas de Brasília (DF) e Guarulhos (SP).

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A Anvisa informou que, para o pedido de uso emergencial, a vacina precisa estar em estudo fase 3 no país, o que não é o caso do imunizante russo.

A União Química e o RDIF entraram com pedido de anuência de estudo no Brasil, mas o processo ainda está em andamento. Segundo a agência, a análise depende do envio de informações complementares.

A União Química entende que com o avanço da pandemia no Brasil e no mundo, todos os esforços, seja do setor público ou do setor privado, deverão ser empenhados de forma a combater a pandemia da covid -19, inclusive com ações extraordinárias e excepcionais em razão da urgência e relevância que o momento exige”, declarou o laboratório brasileiro em nota.

O imunizante russo foi o 1º a ser usado, em agosto de 2020 na Rússia. Na época, a autorização foi criticada pela comunidade científica pela falta de estudos –a fase 3 de testes ainda estava em andamento e o país não havia liberado os resultados dos testes das fases 1 e 2.

O Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia da Rússia anunciou em 14 de dezembro a eficácia de 91,4% do imunizante contra a doença causada pelo coronavírus.  A eficácia foi alcançada 21 dias depois da aplicação da 1ª dose da vacina em voluntários. Participaram do estudo 26.000 pessoas.

A Sputniv V prevê a aplicação de duas doses, com intervalo de 3 semanas entre elas. Cada dose custa menos de US$ 10.

A vacina está sendo usada em 3 países: Rússia, Argentina e Belarus.

Poder 360

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