De acordo com a Sesap, 10% das pessoas diagnosticadas com a Covid-19 no Rio Grande do Norte são profissionais de saúde. Levando em conta com até sábado (8) foram confirmados 55.150 pacientes com a doença, são 5.510 trabalhadores da área. Em relação às mortes, os números divulgados pelo Governo não batem com o memorial do Sindsaúde.
Enquanto o Sindicato já expôs os nomes de 34 profissionais de saúde mortos, entre médicos, técnicos de enfermagem, condutores de ambulância e outras funções das redes privada e pública, a Sesap apontou no boletim mais recente que apenas 1% dos mortos trabalhavam no setor, o que daria 19 pessoas.
De acordo com o Sindsaúde, os profissionais da área não possuem as condições adequadas de trabalho, bem como não recebem a remuneração adequada para o serviço que desenvolvem:
“O salário é rebaixado’ há mais de 11 anos os profissionais estão sem reajuste salarial. É uma série de ataques, como a própria condição de trabalho. Os Equipamentos de Proteção Individual são racionalizados. Alguns desses profissionais poderiam ter poupado a vida, mas o governo negligenciou isso”, afirmou o sindicato.
O Sindsaúde ressaltou que quando recebeu as primeiras denúncias, no início da pandemia, participou de reuniões de mediação com o Ministério do Trabalho e conseguiu com que as reuniões com o governo alcançassem pontos necessários, como a garantia da aquisição dos EPI’s. Porém, o sindicato reitera que as condições trabalhistas são precárias e que permanecem recebendo denúncias.
“Além de outras ações, o sindicato conquistou o pagamento da insalubridade. E nossa luta agora é que, após a pandemia, esses trabalhadores continuem recebendo. Pois, eles estão em contato com agentes nocivos o tempo todo”, esclareceu.
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