Professor da UFRN de Currais Novos participa da elaboração de dicionário com termos sobre o coronavírus

Um professor cearense está envolvido na elaboração de um dicionário voltado apenas para termos relacionados ao novo coronavírus. O professor Márcio Santiago, do Departamento de Letras do Centro de Ensino Superior do Seridó da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) – Ceres Currais Novos, é o responsável pelos termos na Língua Portuguesa. O projeto já conta com traduções em cinco idiomas: catalão, espanhol, português, inglês e francês.

Iniciativa do Centro de Terminologia da Catalunha (TERMCAT), em Barcelona (Espanha), a plataforma digital “Termes del Coronavirus” – Termos do Coronavírus, em tradução literal para o português – tem o envolvimento também do Departamento de Saúde do Governo da Catalunha, a Sociedade Catalã do Dicionário Enciclopédico de Medicina (SOCDEMCAT).

“Essa instituição é um órgão do governo catalão e eu já colaborei com eles outras vezes, em 2014 eu participei da elaboração do dicionário das redes sociais [com eles também].Dada essa minha formação e a minha colaboração anterior, estivemos em contato e estou participando”, conta o professor Márcio Santiago, que possui mestrado e doutorado na área de Terminologia, sobre como surgiu a parceria para participação no projeto.

O dicionário online já possui cerca de 140 termos, no momento, e segue aberto para atualizações. “Esse dicionário foi elaborado, mas ele está em processo de atualização semanal, praticamente. Porque é tudo muito dinâmico, o coronavírus vai se desenvolvendo e as notícias vão se desenvolvendo, e a obra é aberta, [então] vai atualizando de acordo com a evolução da pandemia e as notícias a respeito”, explica o professor cearense.

O dicionário que contém informações relevantes sobre o vírus Sars-Cov-2, sobre a doença que ele causa, a Covid-19, e sobre termos bastante usados durante esse período pandêmico recebe a colaboração o professor na hora de traduzir os termos para o Português. Eles me mandam as listas, dos termos, em Catalão e em Espanhol, e então eu devolvo para eles com os termos equivalentes em Português”, explica.

O professor também ressalta que não é apenas uma tradução comum, básica, do termos que é feita, tem todo um estudo envolvido. “Esse equivalente não é uma escolha livre, envolve uma pesquisa em documentos oficiais. Existem traduções que são bem distintas, alguns mais complexos, que precisam ser buscadas em dicionários especializados”, comenta. “Por exemplo, o termo ‘velocidade reprodutiva empírica’, que não tem em Português, e aí a gente tem que procurar o termo equivalente em português para poder oferecer uma informação confiável”, completa.

Blog do Ismael Medeiros

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