‘Homicídio de pré-candidato a prefeito de Janduís (RN) foi encomendado’, diz Delegado

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte (RN), por meio da Delegacia Municipal de Janduís (RN) e da Delegacia Especializada em Capturas Polinter (DECAP), deflagrou, nesta terça-feira (20), uma operação com o objetivo de cumprir mandados de prisão contra suspeitos do homicídio Raimundo Gonçalves Lima Neto, conhecido como “Neto de Nilton”.

O empresário foi assassinado no dia 11 de abril de 2020, em uma estrada de acesso a Fazenda Estrela, que havia acabado de comprar, na região entre as cidades de Janduís e Campo Grande.

Ao todo, sete pessoas foram presas, duas armas apreendidas, além de várias munições. 100 policiais civis do RN, além de outros 20 da Paraíba participaram da operação. As armas apreendidas são do mesmo calibre da usada para matar Raimundo Gonçalves. Ambas passarão pela perícia para saber se alguma delas foi utilizada no crime.

Em coletiva de imprensa, realizada na tarde desta terça-feira (20), o delegado Odilon Teodósio, que está a frente da investigação, afirmou que entre os presos estão dois autores materiais do crime do crime: João Paulo Fernandes da Silva Brito, o Cacado, e Antônio Alcivan, conhecido como “Juninho Mangueira” ou “Macaíba”.

João Paulo já havia sido preso cinco dias após o crime, em 16 de abril de 2020, durante uma abordagem da PRF. Com ele estavam José Fernandes da Silva, “Dedé do Fogo”, Maxuel Fernandes Belarmino e Fabrício.

Ainda segundo o Dr. Odilon, os quatro seguiam para realizar um assalto na região no município de Riachuelo. Com eles foram encontradas armas, drogas e coletes a prova de balas.

A partir desta prisão a Polícia Civil começou a investigar a autoria do crime contra “Neto de Nilton”, pois evidências apontaram que o grupo estaria diretamente envolvido.

As investigações apontaram que o grupo chegou a ficar cerca de 15 dias fazendo preparativos para a emboscada do empresário. Os dois autores, João Paulo e Antônio Alcivan, estariam alojados no Sítio Pitombeira, a cerca de 15 minutos do local do crime. Eles teriam executado a vítima e retornado ao sítio.

O Delegado Odilon também afirmou que a equipe já tem outros nomes de pessoas envolvidas direta e indiretamente no crime e que, por meio delas, as investigações agora correrão para descobrir a autoria intelectual do homicídio.

Ele afirma que foi um crime encomendado, visto que a vítima não tinha inimizades como o grupo que realizou a execução. “Não temos o valor, mas saber de certeza que foi um crime pago”, disse. “Não está descartada a possibilidade de ter sido um crime político-partidário”, concluiu.

Também participaram da coletiva o delegado-geral adjunto, Ben-Hur Medeiros, o delegado regional, Luís Fernando, e o delegado Paulo Nilo, de Apodi, além de Geriz de Oliveira, diretor da Diretoria de Polícia Civil do interior (DPCin).

Do Mossoró Hoje

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