Avanço do desmatamento deve levar Brasil a ter aumento nas emissões mesmo com paralisação de atividades na pandemia

As emissões de gases de efeito estufa devem subir entre 10% e 20% no Brasil em 2020 em comparação com 2018, último ano de dados disponíveis. A análise feita pelo Observatório do Clima coloca o país na contramão de outras nações. A expectativa é de que a recessão causada pela pandemia de Covid-19 leve a uma queda de 6% na emissão destes gases no planeta neste ano.

A razão para que o Brasil contrarie a tendência mundial é o forte aumento no desmatamento da Amazônia, segunda nota técnica do Sistema de Estimativas de Emissão de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima divulgada nesta quinta-feira (21).

De acordo com o documento, as emissões decorrentes do desmatamento serão 29% maiores em 2020 considerando a média dos últimos cinco anos nos meses de maio a julho. Esse aumento deve compensar a queda de emissões nos setores de energia e na produção industrial.

A organização estima que se o desmatamento em maio, junho e julho for semelhante ao do ano passado neste mesmo período, as emissões na Amazônia podem ser 51% maiores do que em 2018 – o desmatamento é calculado entre agosto de um ano e julho do ano seguinte.

O setor de transportes, afetado pela pandemia, principalmente nos transportes aéreo e no individual de passageiros, teve queda baixa de 1% nas emissões – o consumo de diesel no transporte de cargas teve aumento.

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