Na corda bamba, presidente da Câmara busca consenso

A prisão em flagrante do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) dividiu os líderes da Câmara, que precisam decidir se mantêm o parlamentar preso e sobre o destino dele no Parlamento. E tomar tais decisões deixou o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), diante de graves dilemas –– como aprofundar uma crise institucional com o Supremo Tribunal Federal, caso os parlamentares votem pela soltura do colega, ou comprar uma briga com os próprios pares, sobretudo a ala bolsonarista, que trabalhou intensamente para que ele sucedesse Rodrigo Maia (DEM-RJ), além de erguer pontes com o Palácio do Planalto. A saída para a crise está sendo costurada usando de todos os meios para não desagradar ninguém.

A solução poderá vir pela via de uma punição mais branda a Silveira, possivelmente, uma suspensão de seis meses. Tanto que a Mesa Diretora protocolou uma representação contra o deputado no Conselho de Ética, que também foi reativada por determinação de Lira e será responsável por analisar e relatar o caso no parlamento. Na sequência, seis partidos (PT, PDT, PSB, PSol, PCdoB e Rede) também moveram uma representação contra o deputado no colegiado –– que vinha sendo levado em banho-maria,pois nem sequer a denúncia contra a deputada Flordelis, acusada de ser a mandante do assassinato do marido, seguiu adiante por quebra de decoro parlamentar.

Correio Braziliense*

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