Número 2 da PF volta a depor e diz que Ramagem perguntou se ele aceitaria ocupar cargo de diretor-executivo

O novo diretor-executivo da Polícia Federal, Carlos Henrique de Sousa, afirmou nesta terça-feira (19) em depoimento que foi procurado em 27 de abril pelo diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, sobre a possibilidade de assumir o segundo posto na hierarquia da PF.

Este foi o segundo depoimento prestado por Sousa. No primeiro, conforme o relatório do depoimento, ele disse que “ninguém” o havia procurado sobre assumir o cargo de diretor-executivo. Mas, conforme o relatório do novo depoimento, pediu para mudar a versão. E informou que Ramagem o procurou.

Sousa prestou os depoimentos no inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro interferiu na Polícia Federal. Quando anunciou a demissão do Ministério da Justiça, em 24 de abril, Sergio Moro afirmou que Bolsonaro interferiu ao tentar trocar o comando da corporação. O presidente nega.

“O depoente [Sousa] gostaria de esclarecer que foi procurado no dia 27 de abril do corrente ano pelo delegado de polícia Alexandre Ramagem, que perguntou para ele, depoente, se aceitaria ser diretor-executivo da Polícia Federal durante sua gestão; que o depoente afirmou que aceitaria”, informa o relatório do depoimento.

Não consta do relatório uma explicação sobre a mudança na versão.

Diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem foi nomeado por Bolsonaro como diretor-geral da PF em 28 de abril.

Um dia depois, porém, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), barrou a nomeação.

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