Governo revisa inflação no ano de 6,2% para 8,4% e conta deve estrangular Orçamento de 2022

O Ministério da Economia revisou nesta quinta-feira (16) a projeção oficial para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) no encerramento de 2021 de 6,2% para 8,4%. A piora no indicador pressiona o teto de gastos, que limita as despesas do governo, e deve provocar um estrangulamento nas contas de 2022.

O relatório da pasta mantém a estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano em uma alta de 5,3%.

Para formular o projeto de Orçamento do próximo ano, enviado ao Congresso no fim de agosto, o governo estimou que INPC seria de 6,2% em 2021. A projeção era considerada defasada por integrantes do Ministério da Economia e também pelo mercado, que já esperava um resultado mais elevado, superior a 8%.

Para cada 0,1 ponto percentual adicional de INPC, o governo estima que seus gastos seriam ampliados em R$ 790 milhões no ano. Isso porque despesas públicas, como aposentadorias e pensões, são corrigidas pela inflação.

Portanto, a atualização das projeções deve representar um gasto adicional de R$ 17,4 bilhões em 2022.

O problema é que Orçamento do ano que vem foi elaborado ocupando todo o espaço do teto de gastos. Por isso, aumentos na projeção de gastos precisam ser compensados com cortes em outras áreas.

Veja a matéria completa.

Folha de S. Paulo

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