Francisco do PT chama a atenção para uso da água no controle da COVID-19

Em 22 de Março normalmente é celebrado o Dia Mundial da Água com festa, mas neste ano a data acontece em meio ao planeta perplexo diante da pandemia do Coronavírus.  Dentre as medidas recomendadas pela OMS, a mais simples e efetiva é o ato de lavar as mãos várias vezes durante o dia com a utilização de água limpa.

O controle da COVID-19 necessita de água potável em todas as regiões do globo. Isto é mais uma prova que a água é um bem precioso e fundamental a vida. A sua disponibilidade em quantidade e na qualidade necessária é uma condição essencial para a produção e reprodução da vida na Terra.

“Não nos enganemos com o fato do mundo ter 70% de sua superfície coberta por água. Deste total somente 3% da água disponível é doce. É certo que o nosso País possui uma das maiores reservas globais.  No entanto, de acordo com a Agência Nacional das Águas, a distribuição desta riqueza é desigual aonde o Norte detém 80% do nosso estoque hídrico e o Nordeste tem apenas 3%”, alerta Francisco do PT.  

O Rio Grande do Norte apresenta uma condição privilegiada em termos de Nordeste com uma elevada quantidade de água armazenada nos seus aquíferos e outra parte disponibilizada para a população nos mais de 6 mil reservatórios sendo que 47 são os mais importantes por terem capacidades acima de 5 milhões m3 e responderem pelo abastecimento populacional.

O pleno aproveitamento deste potencial é a condição inicial para o Estado navegar no desenvolvimento. De imediato é necessária a conclusão das obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco deixada a 95% pelo Governo Lula. As águas ficaram as vistas do povo potiguar no vizinho Estado da Paraíba e a completude do PISF significa a redenção dos territórios do Alto Oeste e do Seridó que são as regiões por onde o São Francisco entra no RN. Indiretamente as águas do PISF beneficiarão também os territórios do Vale do Assu e Sertão Central na medida em que aliviam a tarefa de abastecimento pela Barragem Armando Ribeiro Gonçalves.

O estudo para o melhor aproveitamento das nossas águas subterrâneas, em especial o aquífero Assu, é outro projeto que se vincula diretamente com a expansão da fronteira agrícola potiguar que precisa de mais água para o atendimento da demanda crescente como recém-aberto mercado chinês para o consumo do melão e a ampliação da produção de alimentos saudáveis com o aumento do apoio do Governo do Estado para a agricultura familiar.

Outro projeto importante para o Rio Grande do Norte é o “Águas do RN” que lançado em 2019 pelo Governo do Estado com a finalidade de construção de novas adutoras e integração das existentes para o equacionamento do abastecimento humano que começa a entrar em colapso até nos territórios de maior acesso a água como nos casos do Agreste e da Grande Natal. Finalmente, a nossa atenção também deve se voltar para o suprimento da demanda difusa com as tecnologias sociais, a exemplo das cisternas de placas.

“Neste contexto, o nosso mandato, unindo esforços a outros colegas deputados e deputadas, está atuando para a Assembleia Legislativa focar a sua prioridade da questão hídrica na mobilização do conjunto do parlamento e de outros setores da sociedade que lidam com a temática da água para remarmos juntos nessa travessia essencial ao crescimento econômico com melhoria da qualidade de vida dos potiguares e proteção do meio ambiente”, destacou Francisco.

Hoje, dia 23 de março, seria a data para reunir numa sessão solene os homens, mulheres e suas instituições que ao longo do tempo e de diferentes formas envidaram esforços, recursos humanos e suas inteligências para suprirem essa demanda tão básica da condição da vida na terra que é o acesso a água para o consumo e para as atividades produtivas. A atividade foi adiada por conta da urgência do enfrentamento coronavírus. Adiada para um futuro próximo.

“O Coronavírus nos para. As chuvas nos chama. Água é vida. Devemos proteger a vida irrigando dias melhores”, finaliza o parlamentar que é professor de geografia e preside a Frente Parlamentar das Águas.

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