Após acatar posição em nome da Femurn para derrubar decreto do governo, prefeito de Ceará-Mirim tem familiares diagnosticados com covid e decreta lockdow no município

Depois de fazer graça – como vice-presidente da Femurn – e se associar a um movimento para derrubar medidas restritivas decretadas pelo Estado, o prefeito de Ceará-Mirim, Júlio César (PSD), se arrependeu depois de ver quase toda a família com covid.

Enquanto a doença atingia “só a população”, o prefeito negava até mesmo um toque de recolher entre 20h e 6h, e em tempo integral aos domingos, como determinava o decreto do governo.

Com a família acometida pela doença, como ele mesmo falou em entrevista nesta terça-feira, o prefeito resolveu endurecer mais do que o governo e decretou lockdown no município por 7 dias.

Em Ceará-Mirim o prefeito Júlio César manda fechar comércio e repartições públicas, e cancelar as feiras livres, negando o que ele tinha acatado como membro da Femurn.

Na entrevista que concedeu, o prefeito justificou a decisão com o aumento de casos de covid, e com a procura por hospitais, afirmando que o município dispõe de boa estrutura mas que não está mais dando conta.

Claro que isso não aconteceu de sábado, quando a Femurn se associou ao decreto da Prefeitura de Natal, num ato político já que cabe a cada município fazer o seu.

A jogada da Femurn, ignorando mortes, parece não ter dado certo depois do teste positivo de familiares do prefeito de Ceará-Mirim, que é vice-presidente da entidade.

O prefeito sentiu na pele e com o lockdown em Ceará-Mirim, expõe a verdade sobre o jogo político da Femurn.

Em Ceará-Mirim já morreram 60 pessoas de covid, e mesmo assim o prefeito resolveu entrar no jogo político da Femurn.

Porque essas 60 mortes não aconteceram de sábado, quando o decreto se tornou público, para cá.

O posicionamento da Femurn, continuo dizendo, tem o único propósito de bater de frente com a governadora do Estado, e como o Blog já postou, constrói candidaturas em cima de caixões cheios de mortos por covid, e ao som do choro desesperador das famílias vítimas de tragédias.

Thaisa Galvão*

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