Covid-19 já alcançou 85% dos municípios do Rio Grande do Norte

Levantamento do projeto Dinâmicas ambientais, risco e ordenamento do território (Georisco/UFRN) observou que, até o dia 29 de maio, apenas 26 dos 167 municípios do Rio Grande do Norte não registram casos de pacientes com Covid-19. As regiões metropolitana (60%) e Oeste (31%) são as que registram maior número de confirmações e óbitos com maiores incidências registradas em Natal, Mossoró e Parnamirim.

Dos municípios com menos de 100 mil habitantes, Apodi é o que aparece em pior situação, provavelmente porque tem testado mais, graças à parceria realizada com o Instituto de Medicina Tropical (IMT/UFRN). De acordo com o Mapa da situação da covid-19 no RN, houve um crescimento de 70% no número de confirmações da doença entre os dias 21 e 29 de maio, o que reforça a necessidade de medidas de segurança em relação à disseminação da doença que continua crescendo.

Em relação à incidência de óbito, foi registrado um aumento de 69% no mesmo período, sendo os municípios de Natal, Mossoró, Areia Branca, São Gonçalo do Amarante e Parnamirim os que tiveram mais casos, exatamente nessa ordem. 

A região metropolitana, no leste do estado, tem 57% das ocorrências, seguida pela região Oeste, com 37% dos casos. No que diz respeito ao número de recuperados, os municípios com melhores resultados são Natal, Mossoró, Parnamirim, Apodi e Areia Branca, também nessa ordem.  

Chama atenção ainda o trabalho realizado pelo Laboratório de Geoprocessamento e Geografia Física (LAGGEF/UFRN) para a curva de crescimento no número de casos da Covid-19 em Caicó, na região Seridó do estado. Apesar de aparecer em último entre os que têm maior incidência da doença, foi observado um crescimento acima da dos municípios de Natal e Mossoró, o que serve de alerta para as autoridades em relação aos cuidados com o isolamento e medidas de proteção junto à população.

De acordo com o professor Lutiane Queiroz de Almeida, coordenador do Georisco/UFRN, tanto no RN quanto em outros estados do Nordeste que também decidiram reduzir o isolamento, é esperado que o número de casos e de óbitos aumentem.

“Na Itália, alguns governos locais também relaxaram o isolamento e ocorreu o que se chama de rebote, um novo boom de crescimento de casos e óbitos. Pelo menos na Região Metropolitana de Natal e Mossoró, que são os epicentros dos casos, acho que os governos locais e estadual deveriam decretar isolamento social restrito pelo menos por 15 dias”, orienta o professor. 

Fonte: José de Paiva Rebouças de Agecom/UFRN

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