Zenaide Maia (Pros-RN) defendeu o envolvimento das mulheres na política como forma de enfrentar o atual quadro brasileiro de violência doméstica. A ideia foi exposta pela senadora durante a abertura do debate sobre o aumento dos feminicídios no Brasil, promovida nesta quarta-feira, 11 de março, pela Comissão Mista de Combate à Violência Contra a Mulher, presidida por Zenaide. “Ou a gente aumenta a representatividade nos locais de comando ou vamos continuar sendo assassinadas, com poucos recursos para as políticas públicas, como vem acontecendo com a Casa da Mulher Brasileira”, argumentou a senadora.
De acordo com o Monitor da Violência (parceria entre o Núcleo de Estudos da Violência da USP, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o portal G1), o Brasil teve um aumento de 7,3% nos casos de feminicídio em 2019 em comparação com 2018. Zenaide acredita que a participação política da mulher é – ao lado da educação e do combate ao machismo – uma forma de reverter essas estatísticas de violência doméstica, pois é nos espaços de poder que são formuladas e viabilizadas as políticas públicas em prol da mulher. A parlamentar pediu mais candidaturas femininas nas eleições municipais deste ano: “Se candidatem a vereadora, a prefeita, por que não?! No meu estado, a primeira prefeita foi eleita quando as mulheres nem votavam: Alzira Soriano, em Lajes. A primeira mulher prefeita da América Latina”, lembrou a senadora.
O debate sobre feminicídio foi pedido pela senadora Leila Barros (PSB-DF), na semana em que a lei que tipificou esse crime (Lei 13.104/15) completou cinco anos. Desde 2015, o Brasil registrou mais de 4.700 feminicídios.