Os centros de Previsão Climática Governamental Norte Americano (NOAA-Climate), da Universidade de Columbia (IRI) e do Governo da Austrália (BOM) aumentaram em seus últimos relatórios a possibilidade da formação do fenômeno La Niña já no próximo trimestre com início em agosto.
“La Niña Watch!” foi com esse aviso que meteorologistas do mundo todo se depararam ao ver os últimos relatórios lançados pelos centros de previsão climática internacionais. Mas o que significa esse aviso de fato?
Segundo a escala do Centro Meteorológico do Governo Australiano (BOM), esse é o primeiro nível de alerta na escala de probabilidade de formação do evento climático La Niña. Caso a probabilidade aumente, entramos na fase de alerta e após isso temos uma La Niña.
A La Niña segue critérios para a sua ocorrência. É preciso que tenhamos por pelo menos três trimestres móveis consecutivos temperaturas na superfície do Oceano Pacífico Equatorial igual ou menor do que -0,5°C.
Caso os critérios não sejam obedecidos, não é configurada uma condição de La Niña, mas isso não impede que a atmosfera responda com as consequências desse fenômeno, é o que chamamos de viés de La Niña, ou seja, a circulação da atmosfera se comporta tal qual tivéssemos a presença da anomalia.
O climatologista da Climatempo, Filipe Pungirum, disse que se o fenômeno se configurar, será um evento fraco.
“Não sentiremos muitos os efeitos dessa possível La Niña, até mesmo porque, caso ela se forme, será com baixa intensidade. De qualquer forma pode ocorrer aumento de chuva no norte do Nordeste e podemos observar também uma ligeira diminuição de temperatura no Sudeste.”
Patrícia Madeira, consultora de Clima na Climatempo, ressalta ainda os problemas com a chuva no Sul do país: “Apesar da possibilidade de formação, será um evento fraco, mesmo assim a previsão climática já indica poca chuva na Região Sul nos próximos meses e no início do ano que vem.”
Fonte: Climatempo