O Palácio do Planalto liberou um total de R$ 4,5 bilhões em emendas de relator, entre o dia 22 e 27 de junho. O período coincide com a prisão do ex-ministro Milton Lira e a pressão posterior pela abertura da CPI do MEC — cujo pedido foi protocolado ontem.
Segundo levantamento da ONG Contas Abertas, o governo havia pago apenas R$ 500 milhões em junho até a Operação Acesso Pago, da Polícia Federal, na qual também foram detidos ex-assessores do PEC e pastores amigos de Ribeiro.
No dia seguinte, o TRF-1 anulou as prisões e o caso foi enviado ao Supremo por suspeita de vazamento e interferência por parte de Jair Bolsonaro.
Segundo o levantamento da Contas Abertas, o valor total de R$ 5 bilhões em junho é o maior liberado em apenas um mês desde 2020.
Além da crise envolvendo o MEC, na última semana, o governo também precisou reunir apoio do Congresso para a PEC dos Combustíveis, que prevê o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, e a distribuição de um vale-diesel para caminhoneiros.
O Palácio do Planalto tentou sem sucesso instalar a CPI dos preços dos combustíveis e ameaçou editar uma MP para alterar a Lei das Estatais. Ontem, a Petrobras finalmente aprovou o nome de Caio Paes de Andrade para comandar a companhia. Os conselheiros também serão trocados.
O Antagonista*