As eleições na Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN), marcadas para janeiro de 2023, devem consolidar a aliança política do MDB e PSDB, com apoio da governadora Fátima Bezerra (PT). Há interesse convergente de eliminar a influência do deputado federal reeleito Benes Leocádio (União Brasil) na maior e mais importante entidade de prefeitos potiguares.

A Femurn, com a sua estrutura, respaldou a eleição de Benes em 2018 e teve papel importante para a sua reeleição este ano. Ex-prefeito de Lajes, Benes presidiu a Femurn antes de se eleger deputado federal. A entidade foi decisiva para o sucesso do seu projeto político, reunindo gestores municipais para fortalecimento da base eleitoral.

Nas eleições 2022, a Femurn foi usada de base do bolsonarismo. O seu presidente, prefeito de São Tomé, Anteomar Pereira, o “Babá” (Republicanos), coordenou a campanha do senador eleito Rogério Marinho (PL) e bancou enfrentamento à reeleição da governadora Fátima Bezerra, além de abertamente pedir votos para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Agora, o vice-governador eleito Walter Alves, o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, e a governadora Fátima entendem que chegou a hora de a Femurn mudar de comando. O MDB, que tem o maior número de prefeitos, 42, deve indicar o candidato a presidente da entidade, com apoio do PSDB e do governo.

Três nomes disputam a indicação do MDB: Rivelino Câmara, prefeito de Patu; Luciano Santos, de Lagoa Nova; e Alan Silveira, de Apodi. Todos da cota de Walter Alves. Ainda não há consenso para escolha, no entanto, Rivelino leva uma ligeira vantagem por contar com a simpatia de Walter e a de Fátima Bezerra.

Por César Santos

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