O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), por meio da Câmara Criminal, definiu na manhã desta terça-feira (30) que o Padre Egídio de Carvalho, religioso acusado de desvios milionários no Hospital Padre Zé e na Ação Social Arquidiocesana (Asa), continuará preso em João Pessoa. Conforme apurou o ClickPB, a decisão se deu após pedidos da defesa para relaxamento na prisão de Egídio.
Ao longo da sessão ordinária da Câmara Criminal de João Pessoa, onde ocorreu o julgamento do pedido, os advogados Luciano Santoro e Alberdan Coelho tentaram convencer a corte de que a prisão do religioso não seria necessária.
Eles citaram, por exemplo, que Egídio já estava afastado das funções administrativas no Instituto São José e na Ação Social Arquidiocesana (Asa), além das atividades religiosas.
Prisão de Padre Egídio ocorreu após escândalo de desvios milionários
A prisão de Padre Egídio virou escândalo. O ex-diretor presidente do Hospital Padre Zé, Padre Egídio de Carvalho, passou a figurar no cenário de denúncias de esquemas de favorecimento em agosto, quando Samuel Segundo, ex-funcionário da unidade, denunciou o religioso. Samuel Segundo falou em corrupção, favorecimento de familiares, posse de dinheiro de doações e uso de notas fiscais do hospital para favorecimento próprio do padre Egídio.
Samuel Segundo trabalhava no Hospital Padre Zé como diretor de tecnologia. Foi ele quem comercializou, após determinação do padre Egídio de Carvalho, 270 aparelhos eletrônicos que haviam sido doados pela Receita Federal para que o Padre Zé realizasse um bazar para venda e obtenção de valores para uso no hospital.
Padre Egídio alvo de operação
A prisão de Padre Egídio ocorreu após operação do Gaeco. Poucas semanas após as denúncias uma Força Tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco), pela Polícia Civil da Paraíba da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, pela Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e pela Controladoria-Geral do Estado da Paraíba, deflagraram a “Operação Indignus”.
Conforme acompanhou o ClickPB, a operação teve como objetivo apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana/ASA. Segundo as investigações, há indícios de desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários vinculados às referidas entidades.
ClickPB*