Após prisão, ex-PM João Grandão volta ao Walfredo Gurgel

ex-policial militar João Maria da Costa Peixoto, conhecido como “João Grandão”, voltou a ser internado no Hospital Walfredo Gurgel. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), ele foi novamente encaminhado para a unidade no sábado (21) e permanece no local nesta segunda-feira (23). A assessoria da Seap informou que o ex-PM tinha sido submetido a um procedimento cirúrgico. Contudo, a Sesap não comentou a respeito dessa informação divulgada pela Secretaria de Administração Penitenciária.

Ainda conforme as informações da Seap, ele é escoltado da Polícia Penal e da Polícia Militar. João Grandão ficou internado na unidade por dois dias após ser baleado durante uma operação da Receita Federal realizada na quarta-feira (18), em Monte Alegre, que combatia combatia o contrabando de cigarros. O ex-militar, conforme informou a Polícia Civil, foi preso em flagrante durante a ocorrência, sendo suspeito de atuar na escolta do contrabando.

Durante a madrugada de quinta-feira (19), ele foi transferido para uma unidade prisional. De acordo com relatos, a ideia seria leva-lo a uma unidade prisional que tivesse setor de enfermaria.

Quem é João Grandão?

João Maria da Costa Peixoto, conhecido como João Grandão, é um ex-policial militar com histórico de prisões por suspeita de envolvimento em crimes. João Grandão foi alvo, em 2022, de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) por suspeita de participação em um triplo homicídio ocorrido em abril daquele ano, no bairro da Redinha, em Natal. Ele já havia sido apontado em investigações anteriores por crimes semelhantes, incluindo liderança de um suposto grupo de extermínio na Região Metropolitana de Natal.

Há 19 anos, em 2005, João Grandão e outros 14 policiais também foram presos sob suspeita de terem executado ao menos 26 pessoas. Embora tenha sido identificado pelo Ministério Público como líder do grupo, ele foi liberado após um período. Em 2009, já em liberdade, ele voltou a ser preso por outra acusação de homicídio, mas foi absolvido posteriormente. Ainda em 2005, a Polícia Federal o prendeu novamente por envolvimento em crimes de contrabando, organização criminosa e corrupção ativa.

TN*

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