Outubro Rosa: Zenaide promove ações no Senado alertando sobre o câncer de mama

Como Procuradora Especial da Mulher no Senado Federal, a senadora Zenaide Maia (PSD-RN) promove na Casa ações político-institucionais alertando sobre o câncer de mama, a começar com uma exposição contando histórias de mulheres que superaram a doença. O combate e a prevenção a essa enfermidade é tema da campanha nacional do Outubro Rosa, que agora também alerta acerca do câncer de colo uterino.

Ainda por iniciativa de Zenaide, que também é médica, o prédio do Congresso Nacional ganha iluminação especial este mês para reforçar a conscientização da sociedade sobre a necessidade dos exames regulares e do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura.

“Estamos reforçando a importância desta campanha nacional para a saúde da mulher e alertando para a importância da prevenção ao câncer. Precisamos levar informação correta à população feminina, que é maioria neste país e precisa ter a sua saúde incluída no orçamento público, o que mobiliza nossa luta no Parlamento”, afirma Zenaide.

A exposição fotográfica Mulheres e Niemeyer retrata, ao lado de diferentes monumentos de Brasília, 12 mulheres diagnosticadas com câncer de mama. As imagens estão expostas no Espaço Senado Galeria e comunicam a força, a beleza e a resiliência de cada uma das fotografadas. A curadoria tem assinatura da fundadora e presidente da ONG Recomeçar (Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília), Joana Jeker, com apoio de Zenaide.

“Durante o tratamento, eu pensei na cura, eu acreditei na cura, eu tive fé na cura, eu me alimentei do sentimento de cura e eu vivi a cura”, destaca Joana, compartilhando relato de muitas mulheres que enfrentaram a doença.

“Nosso papel no Parlamento, além de aprovar leis e garantir orçamento para políticas públicas, é dar visibilidade à causa da saúde da mulher e às histórias pessoais emocionantes de superação da doença. Esse processo é dolorido. É a vida em jogo. Queremos estimular as mulheres a se cuidarem, chamar atenção passando uma mensagem positiva, que valorize a saúde e a vida”, assinala Zenaide.

Nesse sentido, a senadora alerta sobre os dados de incidência do câncer de mama nas mulheres e reforça o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) na prevenção e no tratamento gratuitos. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) prevê para 2024 o registro de 73.610 casos novos de câncer de mama. A estimativa de risco é de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. Apenas cerca de 1% dos casos ocorre em homens.

Iniciativas legislativas

Zenaide também participou, nesta terça-feira (08), da abertura oficial da programação do Outubro Rosa no Senado. Diversas outras parlamentares integram a Campanha de Prevenção e Diagnóstico Precoce do Câncer de Mama e do Colo de Útero. No mesmo dia, a senadora marcou presença em seminário no Congresso Nacional debatendo como a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama podem ajudar a salvar vidas.

A parlamentar relata, na Comissão de Direitos Humanos do Senado, um projeto de lei (PL 5.608/2023) que define as condições de trabalho de mulheres diagnosticadas ou em tratamento de câncer e cria o programa empresa rosa e o selo rosa, com incentivos para empresas que contratarem mulheres nessas circunstâncias.

“É constante nossa preocupação com a assistência e o diagnóstico precoce contra o câncer de mama e de colo de útero. Precisamos não só aprovar leis, mas fazer com que o Poder Executivo cumpra medidas que reforçam políticas públicas voltadas à conscientização e ao tratamento mais ágil”, frisa Zenaide.

O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama será no próximo dia 19. Também está programada para o dia 16 a projeção das imagens da exposição Mulheres e Niemeyer nos prédios do Congresso Nacional ao lado de frases informativas e de conscientização sobre o câncer de mama. Os prédios do Senado e da Câmara já estão recebendo projeções e exibindo frases sobre prevenção desde o início do mês.

Histórias de superação

Além de compartilhar a experiência pessoal, Joana Jeker transformou sua trajetória em ativismo ao fundar a Recomeçar e liderar a luta pela aprovação da Lei dos 30 Dias (Lei 13.896, de 2019). Aprovada no Senado em 2019, a norma garante que, nos casos em que a principal hipótese diagnóstica seja a de neoplasia maligna, os exames necessários à elucidação devem ser realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no prazo máximo de 30 dias.

Essa força coletiva é o fio condutor da exposição, que une a beleza das formas curvas das construções de Niemeyer com a resiliência dessas mulheres, criando uma potente mensagem de superação.

Outra história inspiradora retratada na exposição é a de Regina Sousa Bispo. Ela passou por uma mastectomia radical e relembrou o processo com determinação. “Eu vivi um dia de cada vez e sonhava com um futuro diferente do passado”. Já Cida Sousa, diagnosticada em 2013, encontra nos filhos sua maior força para continuar. “Eles foram a minha razão para lutar e vencer”, conta, representando na imagem sua firmeza ao lado do Palácio do Planalto.

Cenário nacional

Estudo da Universidade Federal Fluminense (UFF) revelou que uma em cada seis mortes por câncer de mama ocorre em mulheres com menos de 50 anos. A pesquisa, apresentada no Congresso Brasileiro de Câncer na Mulher, analisou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde entre 2012 e 2022. Durante esse período, houve um aumento de 40,8% nas mortes por câncer de mama, passando de 13.746 óbitos em 2012 para 19.363 em 2022.

Embora a maioria das mortes ainda ocorra em mulheres com mais de 50 anos, representando 77,2% dos casos, o estudo destacou que 15,61% das vítimas tinham entre 40 e 49 anos. Esse grupo, para o qual as diretrizes do Ministério da Saúde não recomendam o rastreamento por mamografia, é responsável por uma quantidade significativa de óbitos, reforçando a necessidade de reconsiderar as políticas de prevenção.

A mastologista Karimi Amaral também contribui para a conscientização, ressaltando a importância do diagnóstico precoce na exposição do Senado.

“Um nódulo nas mamas, especialmente quando é indolor, duro ou irregular, precisa ser investigado”, destaca, reforçando a necessidade de atenção constante à saúde das mamas para garantir tratamentos eficazes.

(Com informações da Agência Senado)

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