A Trapiá Filmes, de Caicó, inicia nesta sexta-feira, 13, as gravações de “Pemba”, que traz a história de André Vicente, historiador e artista visual, mostrando a vivência do menino alegre e esperto, já com aptidão para as artes, e sua mãe, Dona Maria de Salgadinho, doce e forte, de profundo conhecimento sobre a religiosidade de seus ancestrais.
O curta-metragem tem direção de Lourival Andrade, e produção da MAPA Realizações Culturais. Nesta quinta-feira, 12, houve visita técnica nos espaços das gravações, e análise da iluminação local. Entre os locais utilizados no cenário estão o Forte do Cuó, a Casa de Cultura Popular de Caicó, e os arredores do Santuário do Rosário.
Pemba, que nomeia o curta metragem, é um giz de bastão grosso, formato cônico, de diferentes cores, usado nos rituais das religiões afro-brasileiras. O cenário traz o sertão, com paisagens da caatinga, dos lajedos, e da cidade de Caicó. O roteiro traz o entrelaçar da umbanda, jurema e catolicismo, com a essência de alfazema, o tilintar de alumínio que remente ao som de sino, o colorido da pemba, e a infância da criança que bate bola no terreiro, é curioso pelo universo das artes e estuda em tradicional externato da cidade.
Nesta quinta-feira, houve reunião no Centro Cultural Adjuto Dias, reunindo elenco, produção, direção e outros profissionais da equipe técnica. Foi um momento da equipe se conhecer, trocar ideias e sentir a emoção dos participantes, como destaca o protagonista André Vicente:
“Além da satisfação pessoal é uma emoção muito grande ver um trecho, um momento da minha história, contada através das telas de cinema, através da sensibilidade, do roteirista, da produção, da equipe Trapiá que faz o filme Pemba. Eu fico lisonjeado em saber que estou sendo reconhecido através das lentes sensíveis da sétima arte”, diz André Vicente.