Artigo: Nossas raízes

No último sábado, acompanhado por uma animada turma de Caicó, tive o privilégio de vivenciar a mais recente edição do grandioso Trote do Elefante de Olinda, um espetáculo vibrante de cor, música e tradição. O cortejo, conduzido com maestria, desfilou pelas ruas históricas da cidade, trazendo a imponência da Orquestra do Maestro Oséas, o brilho inconfundível dos Clarins, a leveza das bailarinas, o esplendor do Abre-Alas e, claro, uma multidão de foliões embalados pelo espírito do Carnaval.

O momento mais emocionante veio quando a orquestra iniciou os primeiros acordes do hino do tradicional bloco. Como em um só coro, mais de cinco mil vozes, movidas pela paixão e pelo orgulho, entoaram:

“Olinda! Quero cantar a ti esta canção
Teus coqueirais, o teu sol, o teu mar
Faz vibrar meu coração, de amor a sonhar
Em Olinda sem igual
Salve o teu Carnaval!”

Foi de arrepiar! A energia pulsante, a vibração coletiva e o amor pelo Carnaval de Olinda tomaram conta de todos, criando um momento único, arrebatador. Enquanto absorvia aquela explosão de cultura e tradição, percebi algo ainda mais profundo: a essência do Carnaval de Caicó encontrava ali sua origem, seu espírito ancestral refletido na folia olindense. A mesma força, a mesma entrega, a mesma alegria contagiante que embalam os blocos de Caicó pareciam ecoar na magia daquele momento, como se as duas festas fossem irmãs unidas pelo mesmo coração histórico e festivo.

Janduhi Medeiros

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