O presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Alessandro Stefanutto, foi afastado em meio à Operação Sem Desconto, que apura a cobrança irregular de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024 — ação que começou e seguiu por toda a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) e seguiu até o governo atual, do presidente Lula (PT).
O que aconteceu
Operação Sem Desconto mira golpes contra aposentados e pensionistas. A ação que resultou no afastamento de Stefanutto foi deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União. Os agentes miram no combate ao esquema nacional de descontos não autorizados em benefícios concedidos pelo INSS.
Ação da Polícia Federal cumpre seis mandados de prisão temporária. Também são realizadas nesta manhã 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão. O grupo é suspeito pela prática de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários concedidos pelo INSS.
Servidores públicos estão entre os suspeitos de participação no esquema. Conforme informações da Polícia Federal, seis profissionais foram afastados de suas funções.
Investigação mira envolvidos de 14 Unidades da Federação. A operação com 700 policiais federais e 80 servidores da CGU é realizada no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.