Você, que ficou acampado na frente de um quartel, tomando chuva e passando frio, no final de 2022, rogando às Forças Armadas que interviessem no resultado das eleições, é maluco. Doido. Biruta. Não sou eu quem disse disso, mas Jair Messias Bolsonaro, em seu depoimento, hoje, ao Supremo Tribunal Federal.
O que mostra que o ex-presidente é realmente um sobrevivente e abandona qualquer um à beira da estrada para se salvar. Literalmente.
“Agora, tem sempre os malucos ali que ficam com aquela ideia de AI-5 e intervenção militar. As Forças Armadas, os chefes militares, jamais iriam embarcar nessa porque não cabia isso aí”, disse o ex-presidente.
Isso foi proferido no momento em que ele jurava que não incentivou ataques contra instituições. E que graças a ele, “o pessoal não fez absurdo”. Herói.
O mais doido é que passamos o governo passado ouvindo reiteradas defesas da interpretação golpista de que o artigo 142 da Constituição Federal confere às Forças Armadas uma espécie de “poder moderador”. Ou seja, uma função de árbitro e xerife sobre os demais poderes.