Resenhas antecipadas para a Festa de Sant’Ana (PARTE I)

MÊS DE JULHO JÁ CHEGOU, E A FESTA COMEÇOU…

Com todos os marketings e publicidade necessários, começa mais uma Festa de Sant’Ana em Caicó, momento sempre muito esperado pelos munícipes, para vivenciarem dez dias de lazer e descontração com amigos e familiares. A Igreja Católica reafirma suas doutrinas de fé e tradição, o poder público e segmentos empresariais alimentam suas expectativas com entusiasmos.

A Festa de Sant’Ana é tudo o que, desde criança, a gente ouve e aprende a dizer e sentir por ela, por isso, dispensa remendos conceituais neste texto, é mais proveitoso participar das alegrias que ela nos proporciona. No meio disso tudo, nas novenas, eventos, festas e procissões, fatos se revelam, por força de interesses que nem sempre são os da salvação pela fé, mas pela fé na tradição.

ELE VOLTOU! O BOÊMIO VOLTOU NOVAMENTE…

Quem nos últimos anos estava sumido dos eventos da Festa de Sant’Ana era o papa Jerimum, deputado Vivaldo Costa, segundo dizem, após o insucesso nas eleições de 2022, andou meio amuado; com o povo ou com Sant’Ana? Não sei, só sei que foi assim! Já não o vemos carregando o andor da santa com o fervor e a devoção de tempos atrás. Porém, sem alardes, este ano ele já deu a honra da sua presença nos primeiros repiques dos sinos da Catedral. Sempre acompanhado de uma pequena procissão de jovens assessores, o papa apareceu, abraçou conterrâneos, deu entrevistas falando em política e rezou. Será que está pagando promessa antecipada?

A PRAÇA É DO POVO. DEPENDE DA PRAÇA E DO POVO!

As praças do entorno da Catedral foram reformadas e entregues pelo prefeito Judas Tadeu em tempo recorde, o que é louvável, afinal, um espaço público de socialização comunitária e religiosa no centro da cidade, recebe a atenção que merece de acordo com a importância que lhe é dada. Pelo que se viu, não se mediu esforços nem mídia para mostrar o feito. A praça foi entregue, cinzenta e iluminada, com muitas luzes, mas sem brilho arquitetônico. O destaque é para uma árvore morta pelo descaso de uma reforma feita às pressas, mas que se manteve imponente, para mostrar como anda a mentalidade dos que nos governam, seja pela política, seja pela religião.

Que bom seria que este mesmo esforço fosse sentido com as devidas prioridades para outros logradouros públicos da cidade, que estão caindo aos pedaços pedindo um pouco de atenção da gestão municipal, mas, por não ser no centro da cidade, seguem esquecidos, carentes de reformas ou com estas paralisadas há meses. Se as praças do centro são cuidadas como cartões postais, as das periferias continuam abandonadas, tudo depende de quem pede, em nome de quem manda! Sant’Ana tem poder.

Reflexões do professor e historiador Antônio Neves

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