Chefe da PF inclui ameaças de Eduardo Bolsonaro em inquérito no STF

Diretor-Geral da Polícia Federal, o delegado Andrei Rodrigues disse ao Radar que “recebeu com indignação” o que classifica como “covarde tentativa de intimidação aos servidores policiais” empreendida pelo deputado Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos usando sua influência para fazer com que o governo de Donald Trump tente interferir nas investigações contra o bolsonarismo no STF.

Na sexta-feira passada, o Departamento de Estado dos EUA anunciou o cancelamento de visto de Alexandre de Moraes, seus familiares e mais sete ministros do Supremo. Também foram afetados pela medida o chefe da PGR, Paulo Gonet, e o próprio diretor-geral da PF.

Sentindo-se empoderado pelas ações dos EUA contra o Brasil, Eduardo usou as redes para ameaçar o Supremo e a PF. “Cachorrinho da Polícia Federal que tá me assistindo, deixa eu saber não. Se eu ficar sabendo quem é você… Ah, eu vou me mexer aqui. Pergunta ao tal delegado Fábio Alvarez Shor se ele conhece a gente”, disse Eduardo.

Sobre essa fala, Andrei Rodrigues diz que “adotará as providências legais ao caso” e que a nova ameaça feita pelo deputado será incluída na investigação que corre contra ele no Supremo.

“Nenhum investigado intimidará a Polícia Federal. Vamos instruir o inquérito em andamento, com mais esse ataque às instituições (agora diretamente contra a PF), fato que se soma aos demais sob investigação”, diz Andrei Rodrigues.

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