Carta aberta aos professores e professoras da rede municipal de ensino e a toda sociedade educacional caicoense.

O ano de 2022 está chegando ao fim com uma fatura muito cara a ser paga pelos trabalhadores e pelo povo brasileiro. Depois de um triste período de pandemia, onde nós, trabalhadores em educação tivemos que arcar com uma série de situações que incidiram diretamente na nossa saúde psicológica, profissional e salarial, temos ainda que aguentar as insistentes práticas de prefeitos e governadores quanto a negação dos nossos direitos, desvalorização profissional e defasagens salariais.

Como se não bastasse as famigeradas reformas da Previdência e Trabalhista, atentados contra a democracia, fome, desemprego, intensas agressões ao meio ambiente e desmonte da educação Fundamental e Superior, resultados do golpe de 2016 e dos quatro anos de (des)governo Bolsonaro, aqui em Caicó ainda tivemos que conviver com as armadilhas administrativas e políticas por parte do prefeito JUDAS TADEU que de forma articulada, premeditada e impositiva, nos sonegou 13,24% do reajuste do Piso salarial Nacional do Magistério neste ano de 2022, comportamento este, até então, nunca adotado por parte dos gestores anteriores, que, por força da nossa luta, sempre pagaram, integralmente, cada centavo a nos garantido por leis.

A inédita situação a que chegamos na reta final desse ano letivo nos humilha como profissionais do magistério e nos obriga a retomarmos as trincheiras da luta para garantir o que é nosso, pois, de direitos não abriremos mão.

 Ao prefeito Tadeu fica o repúdio por tais condutas e o aviso: NÃO NOS SUBESTIME! Não abriremos mão da integralidade do Piso Salarial, nem agora, nem nunca. Apesar de toda propaganda por traz do discurso da: Educação de Encontros, ainda convivemos com antigas dificuldades que travam o verdadeiro desenvolvimento para uma educação de qualidade, e somente um olhar crítico, politicamente independente, ousado e de lutas nos permitirá destravar o conservadorismo administrativo que persiste no defasado modelo educacional/pedagógico que temos.

Assim, está claro que os desafios ainda são muitos e cruzar os braços é suicídio político e profissional para uma categoria que tem exemplos de muitas conquistas através de lutas históricas e de grande envergadura, com repercussão em todo o estado. Não desistiremos!

 Se o ANO LETIVO/2023 da educação municipal vai se iniciar dentro da normalidade, neste momento não podemos afirmar, tal situação vai depender, exclusivamente, do comportamento e compromisso político-administrativo do prefeito Judas Tadeu e sua equipe da educação. Sem propostas sérias, viáveis e aplicáveis que garantam o acolhimento das nossas reivindicações e direitos, tanto quanto, os reajustes do Piso Salarial do Magistério ainda devidos e o que estar por vir em 2023, dificilmente teremos um ano letivo normal. Até aqui, temos sido pacientes, ouvindo e aceitando desculpas pouco convincentes, mas nossa última cota de tolerância acabou, agora cabe ao prefeito fazer a sua parte. Estamos atentos!

ATENCIOSAMENTE,

Professor Antônio Neves.

Caicó-RN nov/2022

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