Witzel é detestável, mas foi monocraticamente afastado sem depor. Não dá!

Por: Reinaldo Azevedo

Wilson Witzel, agora governador afastado do Rio, é a expressão de tudo o que mais execro na política. Eu o considero truculento e incompetente. A sua gestão da Segurança Pública, por exemplo, é detestável. Escrevi há pouco um post apontando o mau cheiro que exala a desordem vivida pela capital na quarta e na quinta. Witzel emitiu uma nota absurda, acusando o Supremo pelo descalabro. Autoridades da área fizeram o mesmo.

Encantado com os tiros que disparava, surfando na onda da extrema-direita bolsonarista, tentou ser mais detestável do que aquele no qual se escorou para ser eleito, buscando emular com o presidente da República no que este tem de pior.

Seis dias antes do primeiro turno, como sabem, Sergio Moro, então titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, liberou trecho da delação picareta de Antonio Palocci com pesadas acusações contra os petistas. Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, não se fez de rogado. A três dias do pleito, o juiz e então amigão de Witzel (um ex-juiz federal) colheu um depoimento de Alexandre Pinto, ex-secretário de Obras da Prefeitura na gestão Eduardo Paes, acusando o ex-prefeito e candidato ao governo de ter recebido propina da Odebrecht. Sim, Bretas tornou público o conteúdo.

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