Um grupo de 512 atores, músicos, escritores e outros profissionais ligados à indústria cultural assinaram um manifesto com críticas a Regina Duarte, secretária especial da Cultura do governo Bolsonaro.
Nesta quinta (7), em entrevista à CNN Brasil, Regina Duarte minimizou as mortes, as torturas e a censura durante o período da ditadura militar. A secretária ainda menosprezou a cobertura da imprensa sobre as mortes causadas pela Covid-19 e se irritou ao vivo com um vídeo de Maitê Proença, no qual a atriz critica a gestão da cultura pelo atual governo.
“Como artistas, intelectuais e produtores culturais, formamos a maioria que repudia as palavras e as atitudes de Regina Duarte como Secretária de Cultura. Ela não nos representa”, diz o manifesto.
A entrevista da secretária teve repercussão negativa de vários artistas nos últimos dias. Nas redes sociais, Bruno Gagliasso, José de Abreu e o youtuber Felipe Neto, entre outros, já haviam criticado a postura de Regina Duarte.
A lista é composta por artistas, intelectuais e produtores culturais. São 512 signatários.
Entrer eles, estão: os atores Adriana Esteves, Alice Braga, Ana Lúcia Torre, Cauã Raymond, Malu Mader, Marcelo Serrado, Marieta Severo, Marisa Orth, Miguel Falabella, Monica Iozzi, Paulo Betti, Renata Sorrah e Selton Mello; os músicos Caetano Veloso, Chico Buarque, Dinho Ouro Preto, Emicida, Fafá de Belém, Lulu Santos, Rita Lee e Samuel Rosa; os novelistas Daniel Ortiz, Licia Manzo e Walcyr Carrasco; os jornalistas Edney Silvestre, Juca Kfouri e Marília Gabriela; os escritores Antonio Prata, Ignacio de Loyola Brandão, Julián Fuks, Luiz Fernando Veríssimo e Mário Prata; os cineastas Anna Muylaert, Fernando Meirelles, Jorge Furtado e Lais Bodanzky; os apresentadores Astrid Fontenelle, Fábio Porchat e Marcelo Tas; a antropóloga Lilia Schwarcz, a filósofa Marcia Tiburi e o diretor de teatro Zé Celso Martinez Corrêa.