A cloroquina não salvou o ‘dr Cloroquina’

A piauí diz que o prontuário do pediatra e toxicologista Anthony Wongque morreu em janeiro, mostra que o médico foi internado no Sancta Maggiore, da Prevent Senior, com diagnóstico de Covid.

Negacionista, ele autorizou o tratamento com hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina. Sem evolução no quadro, foi submetido a outros experimentos, inclusive com ozonioterapia retal. Nise Yamaguchi era a médica responsável.

Diz a revista: “Recebeu heparina inalatória, cujo efeito em infecções virais é desconhecido, e metotrexato venoso, tradicionalmente prescrito no tratamento de doenças autoimunes e inflamatórias crônicas, como artrite, mas sem efeito comprovado contra a Covid. Juntamente com essa leva de tratamentos experimentais, Wong recebeu mais de vinte sessões de ozonioterapia retal, tratamento que até mesmo o Ministério da Saúde no governo Bolsonaro desaconselha.”

Sem melhora, o médico foi intubado quatro dias depois da internação. No nono dia de tratamento, Wong desenvolveu uma hemorragia digestiva. Depois, teve insuficiência renal e foi submetido à diálise. Acabou sofrendo uma traqueostomia, pegou pneumonia bacteriana e a infecção se espalhou pelo corpo, resultando em choque séptico, que provocou a falência dos órgãos e uma parada cardiorrespiratória.

O médico faleceu às 17h25 do dia 15 de janeiro. O atestado de óbito, no entanto, não menciona a Covid, nem como causa básica nem secundária da morte.

O Antagonista*

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