A decisão tomada por DEM e MDB de sair do bloco partidário comandado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) deixou claro um movimento que já era costurado há meses pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O deputado do DEM do Rio de Janeiro quer garantir que o seu sucessor seja alguém aliado a ele e independente do governo.
Mesmo entre os partidos do Centrão que se aproximaram recentemente do governo (Republicanos, PL, PP e PSD), há o desejo de descolar a imagem da do presidente Jair Bolsonaro. Um dos vice-líderes do Republicanos disse ao Congresso em Foco que a bancada vai “manter a postura de independência” e uma “relação de diálogo e votando naquilo que acredita”.
A legenda, assim como o PSDB e o PSL, já havia saído do bloco comandado por Lira há algumas semanas, antes mesmo do DEM e MDB tomarem a mesma decisão.
O partido tem entre seus filiados o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro. A sigla pretende concorrer à presidência da Câmara com o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), presidente nacional do partido e vice-presidente da Câmara.
Por meio de nota, Maia negou que a saída do DEM e do MDB tenha relação com eleição para o seu sucessor. “Julgo importante esclarecer que a formação e desfazimento dos blocos no início de cada sessão legislativa é prática reiterada na Câmara dos Deputados”.