Não é só o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que está na mira de Eduardo Bolsonaro e aliados para sofrer punições nos Estados Unidos. Eles também trabalham para impor sanções ao Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, e ao delegado da Polícia Federal Fabio Shor, responsável por alguns dos inquéritos envolvendo a família Bolsonaro.
“Nas discussões que mantemos, as violações perpetradas por Alexandre são incontestáveis. Evidentemente, ele não opera de forma isolada. O procurador Paulo Gonet figura proeminentemente nestas conversas, tendo associado seu nome a numerosos abusos cometidos por Alexandre, inclusive à acusação formulada contra mim. Observação similar aplica-se ao delegado Fabio Shor”, disse o apresentador de TV e empresário Paulo Figueiredo à coluna.
Figueiredo é o principal elo entre Eduardo Bolsonaro e congressistas da base do presidente dos EUA, Donald Trump, que defendem punir o ministro. Nos EUA desde 2022, foi alvo da última das cinco denúncias protocoladas pela PGR no Supremo contra 34 envolvidos na tentativa de golpe de Estado.
“O alcance potencial destas sanções é consideravelmente amplo. Podem abranger desde familiares de ministros vinculados a escritórios advocatícios, juízes auxiliares signatários de determinações ilegais, agentes policiais que executaram ordens questionáveis, até presidentes das Casas legislativas que se posicionaram como cúmplices neste processo, impedindo a votação de um processo de impeachment, por exemplo.”.
UOL