Aprovação de Lula 3 só perde para a aprovação de Lula 2 e Dilma 1

Por Ricardo Noblat – Com 16 meses de mandato, o presidente Fernando Collor tinha 18% de aprovação; Itamar Franco, que o sucedeu, 15%; Fernando Henrique Cardoso, 30% no primeiro mandato e 19% no segundo; Lula, 35% no primeiro e 69% no segundo; Dilma, 62% no primeiro e 10% no segundo; Temer, 5%; e Bolsonaro, 32%.

Segundo a mais recente pesquisa do Datafolha, com 16 meses do seu atual mandato, a aprovação de Lula é de 36%. Lula 3 tem mais aprovação, hoje, do que Collor tinha à mesma época, do que Itamar, FHC 1 e 2, Lula 1, Temer e Bolsonaro. Lula 3 perde apenas para Lula 2 e Dilma 1 (que, àquela altura, era prolongamento do Lula 2).

A curva negativa para Lula, que se desenhava desde o fim do ano passado, foi invertida. O Datafolha entrevistou presencialmente 2.008 pessoas de 16 anos ou mais em 113 municípios de todo o país entre os últimos dias 4 e 13 de junho. Lula, que diz não estar nem aí para pesquisas de opinião, comemorou sem fazer alarde.

Se em março o Datafolha havia detectado um empate técnico entre os que aprovavam (35%) e os que reprovavam (33%) o governo, desta vez a diferença voltou a se alargar – para 36% dos brasileiros, o governo é ótimo ou bom; o consideram ruim ou péssimo, 31%. Entre uma pesquisa e outra, o governo colheu derrotas no Congresso e o cenário internacional piorou.

Os índices acerca da economia permaneceram estáveis. Têm expectativa positiva sobre o tema 40%, ante 28% que preveem uma piora e 27% que acham que tudo ficará igual. Em março, eram respectivamente 39%, 27% e 32%. São mais otimistas os mais jovens (47%), os menos escolarizados (50%) e os moradores do Nordeste (53%).

Os mais pobres são os que mais percebem uma melhora na situação do país: ela é de 32% entre os que ganham até 2 salários mínimos, maior amostra populacional da pesquisa, com 49% dos entrevistados. Nesse grupo, 18% acham que a situação piorou. Entre os 4% que ganham mais de 10 salários mínimos, é mais alta a percepção de piora da situação.

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