Barraco em homenagem ao PT na Câmara do Deputados

Deputados da oposição causaram tumulto em uma sessão de homenagem aos 44 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), realizada na tarde desta quarta-feira (20) no plenário da Câmara. Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Coronel Meira (PL-PE) surgiram no local com uma faixa com os dizeres: “44 anos de corrupção. Parabéns”, seguido do símbolo do PT.

Na ocasião, eles gravavam um vídeo contra a sigla e a sessão solene. Mas militantes do partido presentes no plenário protestaram e dispararam verbalmente contra os parlamentares da oposição. Houve ameaça de embate físico.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS), que presidia a sessão, chegou a pedir intervenção de policiais legislativos. Depois, pediu que ninguém encostasse nos deputados que seguravam a faixa, que foram cercados por militantes. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) estava em meio à confusão visivelmente alterado, como mostra um vídeo publicado por ele próprio nas redes sociais.

“Tá errado”
O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) gravou e publicou um vídeo em que aparece confrontando Eduardo, enquanto seus aliados gritam “sem anistia”, em referência às investigações da Polícia Federal sobre Jair Bolsonaro e seu entorno.

“Tá errado”, grita Lindbergh para Eduardo enquanto é contido fisicamente por colegas. Outros gritam “ladrão de joia”. O vídeo do petista termina com ele olhando falando para a câmera e dizendo: “Bolsonaro vai ser preso por corrupção”. Os oposicionistas deixaram o plenário diante da reação dos petistas.

“Ato fascista“
Líder do governo Lula na Câmara, José Guimarães (PT-CE) trocou o discurso que faria para relembrar a história do PT para reclamar do “ato fascista que tentaram fazer nesta sessão que homenageia o Partido dos Trabalhadores”. “Não podemos aceitar isso, porque, senão, vira regra”, disse.

Ex-presidente do PT, o deputado Rui Falcão (SP) disse que a militância do partido “enxotou esses fascistas, mostrando que essa deve ser a nossa tradição, nada de silêncio, nada de bandeira branca”.

MST também deu confusão
Em 28 de fevereiro, uma sessão de homenagem pelos 40 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também gerou confusão. Parlamentares de oposição chamaram o movimento de “criminoso” e receberam vaias e gritos como reação.


Em meio a vaias dos integrantes do movimento contra as críticas do deputado Ricardo Salles (PL-SP), Rosário, que também presidia aquela sessão, pediu respeito.

“O povo organizado tem respeito e sentido democrático. Todos serão ouvidos em silêncio, porque o MST é um movimento que respeita a democracia”, disse, acrescentando que nunca tinha visto “uma instituição que é homenageada ser desrespeitada pelos integrantes desta Casa”.

Tribuna do Norte*

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