Beto Rosado está na lista dos 25 parlamentares respondem STF sobre orçamento secreto; diz O Globo

Mais 20 deputados e cinco senadores responderam sobre as indicações do orçamento secreto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os documentos foram enviados pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), à Corte nesta segunda-feira. Com as novas respostas, 360 deputados e 69 já informaram se fizeram ou não indicações às emendas de relator, também identificadas como RP-9. Faltam ainda, no entanto, a resposta de 165 parlamentares.

Das novas informações, nove deputados e três senadores declaram não ter feito nenhum apontamento em emendas de relator. O valor indicado pelos outros 13 parlamentares, e por mais dois que complementaram informações anteriores, foi de R$ 379,9 milhões. Com isso, montante total informado subiu para R$ 11,4 bilhões — o que representa apenas 31% dos R$ 36,4 bilhões em recursos utilizados entre 2020 e 2021; 69% do orçamento secreto continuam secretos.

O orçamento secreto, que tem como base as emendas de relator ou RP-9, é o instrumento por meio do qual parlamentares destinavam recursos das União sem serem identificados. Os políticos agraciados com a verba eram escolhidos pelo governo, sem critérios claros de seleção, em troca de apoio no Congresso.

Após a ordem do Supremo, a pedido do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, deputados e senadores enviaram tabelas identificando quanto e para onde enviaram as fatias a que tiveram direito do orçamento secreto.

Os nove deputados que informaram não terem feitos nenhum apontamento às emendas de relator são: Adriana Ventura (Novo-SP); Alessandro Molon (PSB-RJ); Dionilso Marcon (PT-RS); Elias Vaz (PSB-GO); Henrique Fontana (PT-RS); Marcel van Hattem (NOVO-RS); Marcelo Freixo (PSB-RJ); Padre João (PT-MG); Rogério Correia (PT-MG).

Já os três senadores são: Alvaro Dias (Podemos-PR); Jorge Kajuru (Podemos-GO); Leila Barros (PDT-DF).

Os deputados que informaram que foram padrinhos de emendas foram (em ordem decrescente de valor):

  • Hugo Leal (PSD-RJ): R$ 47,9 milhões
  • Giovani Cherini (PL-RS): R$ 30,7 milhões
  • Beto Rosado (PP-RN): R$ 30,3 milhões
  • Lucas Vergilio (Solidariedade-GO): R$ 26,2 milhões
  • Vinicius Carvalho (Republicanos-SO): R$ 15,3 milhões
  • Vicentinho Júnior (PP-TO): R$ 15,2 milhões
  • Gelson Azevedo (PL-RJ): R$ 15 milhões
  • Arnaldo Jardim (Cidadania-SP): R$ 13,4 milhões
  • Professora Marcivania (PCdoB-AP): R$ 10,2 milhões
  • Pastor Sargento Isidório (Avante-BA):R$ 8 milhões
  • Eduardo Bismarck (PDT-CE): R$ 5,9 milhões

Já os senadores foram Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), tendo indicado R$ 56,4 milhões, e Jader Barbalho (MDB-PA), R$ 40,7 milhões.

O senador Marcos do Val (Podemos-ES), que não tinha detalhado as emendas antes, disse ter indicado R$ 53,3 milhões. A deputada Chirstiane Yared (PP-PR), que já tinha informado que foi madrinha de R$ 55 milhões em emendas, respondeu que havia indicado outros R$ 10,7 mihões em repasses, subindo seu montante para R$ 65,8 milhões.

O GLOBO

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