Em reportagem sobre os cantores bolsonaristas, que faturam dinheiro público, a Crusoé diz:
“Mais uma vez, o bolsonarismo apropriou-se indevidamente de uma boa bandeira — a de pôr ordem na aplicação da Lei Rouanet —, para embalar tudo na sua alopragem ideológica, com personagens saídos de um circo macabro. Abriu, assim, o flanco para que os seus adversários do meio cultural atacassem o governo com carga pesada e sem medo de ser felizes apoiadores de Lula.”
Um exemplo:
“Nomeados ‘embaixadores do turismo’ pelo atual governo, Bruno e Marrone também foram favorecidos com shows contratados por prefeituras interioranas. Mozarlândia, uma cidade de 15 mil habitantes no norte de Goiás, topou pagar 300 mil reais para a dupla. A prefeitura de Lagarto, distante 80 quilômetros de Aracajú, contratou o show por 420 mil reais.”
Mas não são só as prefeituras que bancam os bolsonaristas:
“Para surpresa de ninguém, além de contratos com prefeituras, os sertanejos também bicaram a Lei Rouanet que tanto criticam. A Crusoé apurou que a dupla Mateus e Cristiano, que compôs e cantou um jingle para Bolsonaro durante a visita de Elon Musk, captou 199 mil reais via Lei Rouanet, para a gravação de um DVD ao vivo da dupla, em 2020 — na época, a Secretaria Especial de Cultura já era comandada por Mário Frias.”
O Antagonista*