Contato entre governo e empresa que denunciou propina foi intermediado por ‘Abin paralela’

O coronel da reserva do Exército Roberto Criscuoli foi o responsável por intermediar o contato entre a Davati Medical Suply e o Ministério da Saúde, diz o Estadão. O militar integra a chamada “Abin paralela“, grupo de informantes do presidente Jair Bolsonaro descrito pela Crusoé em dezembro.

Como publicado nesta terça-feira (30), o secretário do Departamento de Logística da pasta, Roberto Ferreira Dias, que negociou a compra de vacinas da AstraZeneca com a Davati, pediu propina de US$ 1 dólar por dose. Ferreira Dias foi exonerado.

O funcionário da Abin Roberto Criscuoli disse ao jornal que foi procurado porque conhecia muita gente no governo e negou irregularidades.

“Eu fui procurado por um representante da empresa uma vez num hotel. Vieram falando que era porque eu conhecia muita gente no governo. É lícito vender vacinas, é um item que o governo estava comprando. Mas, como não sou lobista, só disse para procurarem o Rodrigo.”

O servidor mencionado é Rodrigo de Lima Padilha, funcionário terceirizado do Ministério da Saúde ligado ao coronel Pedro Geraldo Pinheiro dos Santos, à época diretor do Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento.

Criscuoli, porém, afirmou não se lembrar do nome da pessoa que o procurou como representante da empresa.

OAntagonista*

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