O dono da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano, afirmou em depoimento à Polícia Federal que “foi orientado” a telefonar para um servidor do Ministério da Saúde para esclarecer dúvidas sobre a vacina indiana Covaxin, que seria vendida à pasta por intermédio da sua empresa, mas que não se recorda quem lhe deu a orientação.
Foi por isso, segundo seu depoimento, que ele telefonou para o servidor Luís Ricardo Miranda, irmão de deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), que relatou ter sofrido pressões para autorizar a importação da vacina Covaxin. Maximiano negou a acusação e disse que a ligação foi para “se colocar à disposição”.
“Foi orientado, não se recordando por quem, a entrar em contato com Luis Ricardo para se colocar à disposição para esclarecer qualquer dúvida sobre o processo de autorização para importação das vacinas”, afirmou Maximiano para a Polícia Federal.
Em seu depoimento, o empresário disse que “não exigiu nem solicitou nada de Luís Ricardo, apenas se colocou à disposição para eventuais esclarecimentos”.
O depoimento, mantido sob sigilo, foi prestado à PF no dia 22 de julho no inquérito que apura suposta prevaricação do presidente Jair Bolsonaro no caso Covaxin, por não ter pedido investigação da Polícia Federal a respeito dos fatos relatados pelos irmãos Miranda.
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O GLOBO