Ex-auxiliar de Bolsonaro que disse que ministro Pazuello se negou a comprar vacina presta depoimento hoje à CPI da Covid

Expectativa nesta quarta-feira para o depoimento, na CPI da Covid, de Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro.

Em entrevista à revista Veja, ele confirmou que houve demora na compra de vacinas da Pfizer por “incompetência”e “ineficiência” da equipe do ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello.

“Se o contrato com a Pfizer tivesse sido assinado em setembro, outubro, as primeiras doses da vacina teriam chegado no fim do ano passado”, disse o ex-secretário às páginas amarelas da Veja, lembrando que a Pfizer encaminhou ao Ministério da Saúde um pedido de audiência em julho do ano passado, e não teve resposta do governo brasileiro.

Wajngarten disse que em agosto o laboratório voltou a encaminhar correspondência, adiantando que dispunha de 70 milhões de doses de vacina, mas o Ministério também deu silêncio como resposta.

Há uma expectativa, de acordo com a colunista do Globo Malu Gaspar, que o ex-secretário apresente durante o depoimento, uma carta de agradecimento recebida do presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, o que seria uma prova de que o ex-ministro Eduardo Pazuello teria sabotado a compra de vacinas.

O ex-auxiliar de Bolsonaro também será questionado pelo papel do “gabinete do ódio”, estrutura de comunicação paralela do Palácio do Planalto nas redes sociais, focado em difundir fakenews sobre a pandemia, e sobre a falta de uma campanha publicitária alertando os brasileiros sobre os cuidados para evitar o contágio pelo coronavírus.

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