O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificou “operações suspeitas” envolvendo o escritório de advocacia do ministro Ricardo Salles. Segundo a Polícia Federal, essas movimentações incluem algumas das empresas envolvidas e dois agentes públicos investigados.
Diz Alexandre Moraes em seu despacho:
“A autoridade policial também destacou que parte das empresas envolvidas e pelo menos dois dos agentes públicos investigados tiveram, nos últimos anos, inúmeras comunicações ao COAF por operações suspeitas. A esse respeito, a representação ainda aponta a possível existência de indícios de participação do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo de Aquino Salles, em razão de comunicações ao COAF por operações suspeitas realizadas, também nos últimos anos, por intermédio do escritório de advocacia do qual o referido Ministro de Estado é sócio (RIF n. 60322.2.2536.4046 – Anexo VIII).”
A Polícia Federal anexou aos autos depoimento de uma testemunha que aponta a atuação direta do assessor especial do ministro, Leopoldo Penteado Butkiewicz, no Ibama. “Tendo por diversas vezes dado ordens diretamente ao depoente e intercedido em favor de autuados.”
“De acordo com o informado pela testemunha, desde janeiro de 2021, outro agente público investigado nos autos (Leopoldo Penteado Butkiewicz), por ser assessor especial do atual Ministro de Meio Ambiente, passou a atuar de forma direta no IBAMA. A testemunha disse que desde 2015 (período em que atua na área de infrações ambientais) nunca tinha visto um assessor direto do Ministro do Meio Ambiente atuar dessa forma e que, segundo se recorda, o referido agente público de confiança participaria dos grupos de Whatsapp do SIAM/GAB, tendo por diversas vezes dado ordens diretamente ao depoente e intercedido em favor de autuados.”
O Antagonista*