Governo Lula cria grupo de trabalho com Manuela d’Ávila e Felipe Neto para combater discurso de ódio

Equipe conta ainda com a antropóloga Debora Diniz e o epidemiologista Pedro Hallal, entre outros representantes do Ministério dos Direitos Humanos e da sociedade civil; iniciativa se soma a medidas do Executivo federal de ‘combate à desinformação’ e ‘fortalecimento da democracia’

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou um grupo de trabalho para “apresentar estratégias de combate ao discurso de ódio e ao extremismo” e propor políticas públicas sobre o tema. A equipe, já composta por cinco representantes do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e 24 da sociedade civil, vai atuar nos próximos 180 dias – prazo a ser estendido se necessário. A ex-deputada federal Manuela d’Ávila assumiu a presidência do grupo, que terá ainda pesquisadores e influenciadores, como Felipe Neto.

A portaria que criou o grupo, que não será remunerado, foi assinada pelo ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e divulgada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (22).

Além de Manuela d’Ávila Felipe Neto, a equipe vai contar com o psicanalista Christian Dunker, a antropóloga Debora Diniz, a pesquisadora do Instituto de Estudos da Religião (ISER) Magali Cunha e o epidemiologista Pedro Hallal, um dos pesquisadores ouvidos pela CPI da Covid. A jornalista Patrícia Campos Mello, citada como integrante da equipe na portaria, afirmou que será apenas ouvida pelo grupo. A sua participação não é possível devido a sua atuação profissional.

É crescente o número de casos de agressões a jornalistas no exercício da profissão, mesmo em coberturas dissociadas do debate político-eleitoral. Foi o que ocorreu nesta terça-feira, 21, com repórteres do Estadão enquanto acompanhavam os trabalhos de atendimento a quem foi atingido pelas enchentes no litoral norte de São Paulo.

O repórter fotográfico Tiago Queiroz e a jornalista Renata Cafardo foram agredidos por moradores de um condomínio de luxo na praia de Maresias. Os dois foram atacados verbal e fisicamente; um dos agressores obrigou Queiroz a apagar fotos e Renata Cafardo foi empurrada em ponto alagado, aos gritos de “comunistas” e “esquerdistas”. O caso foi remetido pelo governo ao Observatório da Violência contra Jornalistas.

Ainda serão convidados a integrar o grupo representantes da Advocacia-Geral da União, dos ministérios da Educação, da Igualdade Racial, da Justiça e Segurança Pública, das Mulheres, dos Povos Indígenas de Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

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