O PT tem procurado governadores adversários em busca de compor um novo pacto federativo para 2023. Em meio a protestos golpistas que bloquearam estradas pelo país, o objetivo é tentar articular um início de mandato mais tranquilo para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Enquanto o núcleo duro da campanha — chefiado pela presidente do partido, Gleisi Hoffmannn — foca no governo de transição, interlocutores da aliança (das dez legendas que compuseram a chapa) buscam os nomes que vão governar os estados a partir de 1º de janeiro. O PT avalia que pacificar a relação com os governadores no início do mandato é o primeiro passo para que o novo governo possa focar na articulação com o Congresso, principal preocupação neste momento.
Dos 27 governadores eleitos, apenas 10 compunham a chapa petista ou foram apoiados por Lula. Por isso, a aliança tem escalado lideranças locais para negociar com os eleitos nos estados, incluindo nomes do PL do presidente Jair Bolsonaro (PL), como Cláudio Castro, no Rio.