Médico que atendia Bolsonaro desde a facada diz ter sido excluído por Michelle e afirma que foi ‘desvalorizado’

médico Antônio Luiz Macedo, que acompanhava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desde 2018, afirmou nesta segunda-feira (14) que foi excluído da equipe pela família. O médico, que é cirurgião especialista em aparelho digestivo, operou Bolsonaro cinco vezes, incluindo quando o ex-presidente levou a facada em Juiz de Fora (MG), durante a campanha de 2018.

“Eu jamais neguei atendimento para ele. Eu já o operei várias vezes em quadros graves (…). Mas, desta vez, não sei se é coisa da dona Michelle, mas provavelmente é coisa da esposa e ela resolveu chamar um outro grupo para atendê-lo”, afirmou, citando Michelle Bolsonaro, mulher do ex-presidente.

As declarações ocorreram em entrevista a Carla Araújo, colunista do UOL. Na semana passada, quando Bolsonaro se internou em Natal, Macedo chegou a dar entrevistas relatando o quadro do ex-presidente. Durante o fim de semana, porém, outra equipe passou a dar os esclarecimentos. Nesta segunda-feira (14), quem deu entrevista coletiva em nome da equipe médica foi Claudio Birolini.

Questionado se via ingratidão por parte da família do ex-presidente, Macedo disse que essa pode ser uma palavra pesada, mas confirmou que se sentiu desvalorizado. “Foi uma não valorização do meu trabalho. Ele virou um ex-paciente, sinceramente”, afirmou.

Macedo relatou que nunca fez cobranças financeiras pelas cirurgias de Bolsonaro e que o único empecilho para atendê-lo seria fazer viagens a Brasília. “Eu não poderia ir para Brasília para ficar lá 15, 20 dias cuidando dele. Ele teria que vir para cá [São Paulo] para eu poder cuidar dele aqui, como foi sempre, né?”, afirmou.

Segundo o cirurgião, em casos como o de Bolsonaro, o acompanhamento médico e o prontuário passado são fundamentais. “[O histórico] é muito importante, porque eu tenho noção nos meus prontuários de tudo o que ele teve desde a facada, até as obstruções intestinais. Ele teve de fazer uma colostomia, eu fechei a colostomia”, afirmou.

Macedo disse o argumento da família para optar pela transferência de Natal para Brasília e não para São Paulo não é verdadeiro.

“Se ele não quis vir, preferiu ser operado lá [em Brasília], se para dona Michelle é mais fácil, tudo bem. O pessoal deve ter operado direitinho e vamos torcer que tudo vai correr bem.”

Fonte: UOL

Gostou? Compartilhe...

Mais Sobre Brasil

Rolar para cima