O Ibovespa futuro opera em queda indicando a continuidade da aversão ao risco do mercado na sessão de hoje (22). Nas últimas 24 horas, a percepção de riscos fiscais aumentou consideravelmente, elevando o sentimento de aversão ao risco entre os investidores. A Câmara dos deputados vai decidir sobre a regra de correção de teto dos gastos, aprovada ontem na comissão especial da PEC dos Precatórios.
Com as articulações para que o teto do orçamento acomode o Auxílio Brasil, benefício que não deve sair por menos de R$ 400 por família, houve uma debandada de secretários do Ministério da Economia. O cenário fiscal fica ainda mais nebuloso com um possível auxílio, também de R$ 400 para os caminhoneiros.
Após a queda de 2,75% do Ibovespa na véspera, o MSCI Brazil Capped ETF (EWZ), principal ETF (fundos de gestão passiva que acompanham algum índice e são negociados em Bolsa) dos ADRs (na prática, as ações de empresas brasileiras negociadas nos Estados Unidos) brasileiros tem uma nova sessão de queda, de mais de 1%, após ter caído 4,8% na quinta.
Às 9h13 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em dezembro de 2021 recuava 0,72% aos 107.870 pontos.
O dólar comercial abriu em alta e sobe mais 0,62% a R$ 5,702 na compra e R$ 5,703 na venda. O dólar futuro para novembro de 2021 avança 0,75% a R$ 5,709.
Os juros futuros, que ontem dispararam no after market com as declarações de Guedes, começam o dia em alta expressiva. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2023 tinha alta de 28 pontos-base, a 10,44%; DI para janeiro de 2025 subia 34 pontos-base a 11,48%; e o DI para janeiro de 2027 registrava alta de 41 pontos-base, a 11,88%.