Em 6 de setembro de 2016, quando ainda era do PSDB, o então deputado federal Rogério Marinho foi um dos destaques no site do partido numa matéria que celebrava o fim da era PT no poder.
Das falas de Rogério pincei duas:
“Só temos paralelo a uma situação como essa que estamos vivendo na década de 1930, e mesmo assim com menor intensidade. Houve uma série de desastres na economia, perpetrados por um governo que ao mesmo tempo que não tinha capacidade gerencial, aparelhou as agências reguladoras, abriu mão do trato adequado com o recurso público, principalmente no que tange à questão dos fundos de pensão, dos bancos de investimento”.
“No afã de se eleger, o governo vitaminou programas e projetos de cunho eleitoral e de apelo popular muito além do que o Estado poderia suportar, tendo seu ápice em 2014, com o estelionato eleitoral. Mas ao longo do tempo se negligenciou a questão da infraestrutura no país, o que impediu que tivéssemos uma condição de competitividade com os demais países que também buscam espaço no mercado internacional”.
Passados cinco anos, Rogério Marinho é ministro de um governo que nos remonta na prática (e não na retórica dele) aos anos 1930 que ele cita. O presidente Jair Bolsonaro flerta abertamente com figuras do neonazismo alemão sob o silêncio de ex-tucano que aparelhou o Estado colocando um apadrinhando e sócio seu, Francisco Soares de Lima Junior, como diretor do Departamento de Desenvolvimento Regional e Urbano Desenvolvimento Regional e no Conselho Administrativo da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF).
Além de ter um empreendimento em seu nome beneficiado por uma emenda parlamentar na cidade de Monte das Gameleiras.
O que ele diria de tudo isso se no lugar dele estivesse algum petista aprontando as mesmas coisas?
O que diria Rogério sobre um Governo que negligenciou uma pandemia e não tomam qualquer providência para conter o avanço da fome e do desemprego no país? Imagina Rogério esbravejando se algo similar ao espalhamento de militares incompetentes pela máquina estatal?
A gente já sabe que como governista ele fica caladinho montando uma estrutura monstruosa a partir do esquema do orçamento secreto/tratoraço para se eleger senador ano que vem a partir dos recursos federais que dispõe, inclusive enquanto escrevo aqui em Mossoró, equipamentos agrícolas estão aqui pertinho esperando o “ok” da Codevasf para serem espalhados pelo RN.
Na oposição Rogério não tirava a expressão “aparelhamento do Estado da boca”, no poder é ele quem aparelha a coisa pública em seu favor.
Confira a matéria do PSDB AQUI
Blog do Barreto*