No Rio, não vacinados e pessoas com dose atrasada são 88% de internados

A ocupação de leitos destinados ao tratamento de covid-19 na rede municipal de saúde da cidade do Rio de Janeiro saltou de 1,7% para 65% nas últimas três semanas em meio à onda da variante ômicron.

Pouco mais de um ano após o início da campanha de vacinação, 46% dos 821 internados com a doença não tomaram nenhuma dose da vacina contra o coronavírus —há duas semanas, esse índice era de 38%. A proporção alcança atualmente 88% dos internados quando considerados também pacientes que não completaram o esquema vacinal, ou seja, que estão com a segunda ou a terceira dose em atraso.

Na capital fluminense, 87,7% da população já tomou ao menos uma dose, número que sobe para 99,9% entre os maiores de 18 anos. Considerando as duas doses, o índice é de 82,1% entre os cariocas. Isso significa que, embora os não vacinados sejam minoria entre a população, eles representam quase metade dos internados.

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que vê aumento da ocupação de leitos em todo o país, aponta que a rede pública de saúde é pressionada por “uma parte considerável da população que ainda não recebeu a dose de reforço e outra parcela nem foi vacinada”.

A vacinação incompleta afeta principalmente os idosos: pessoas a partir de 60 anos que não tomaram as três doses têm 17 vezes mais chance de serem internadas, segundo dados mais recentes da SMS (Secretaria Municipal de Saúde).

O índice de internação de idosos sem vacina e vacinação incompleta é de 429 por 100 mil habitantes na capital —a taxa cai para 25 quando considerados idosos internados com dose de reforço.

G1*

Gostou? Compartilhe...

Mais Sobre Brasil

Rolar para cima