Pastor pediu 1 kg de ouro em troca de liberação de recursos no MEC, diz prefeito

O pastor Arilton Moura, integrante do gabinete paralelo no Ministério da Educação, pediu pagamentos em dinheiro e até em ouro em troca de conseguir a liberação de recursos para construção de escolas e creches. A informação foi dada ao Estadão pelo prefeito do município maranhense de Luis Domingues, Gilberto Braga (PSDB).

Nesta terça, foi revelado um áudio em que Milton Ribeiro (foto) diz priorizar amigos de pastores a pedido de Jair Bolsonaro. No áudio, o ministro da Educação diz que o governo prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.

A conversa ocorreu em abril de 2021 durante um almoço no restaurante Tia Zélia, em Brasília, logo após uma reunião com o ministro Milton Ribeiro, dentro do Ministério da Educação.

A existência do grupo de pastores, que ficou conhecido como “Ministério da Educação paralelo”, foi revelada na semana passada, em uma reportagem do Estadão. A Folha de S. Paulo avançou e publicou áudios. 

Como mostramos, o deputado Alencar Santana Braga (PT), líder da Minoria da Câmara dos Deputados, apresentou ao Supremo Tribunal Federal uma notícia-crime pedindo o afastamento de Milton Ribeiro, além da investigação dele e de Jair Bolsonaro. 

Também mostramos que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente da República, e integrantes da bancada na Câmara intercederam pela manutenção de Milton Ribeiro à frente do Ministério da Educação.

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