A Polícia Federal encontrou em um pendrive apreendido com um “kid preto” do Exército um documento que detalha um plano de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
O que aconteceu
Documento chamado “Operação Luneta” foi encontrado com o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima. Ele é um dos indiciados pela PF no inquérito do golpe. O arquivo é uma planilha com mais de duzentas linhas, que aborda fatores estratégicos de planejamento da ruptura democrática, como político, militar, econômico e de produção.
Arquivo previa realização de novas eleições e prisão de “envolvidos em indícios de irregularidade no processo eleitoral”. Entre os objetivos detalhados no plano, também estão a “exploração global de narrativas de fraude eleitoral” e “convocação das Forças Armadas para garantir a execução das medidas”.
“Falsa narrativa”. Para PF, plano usava “falsa narrativa de vulnerabilidade e fraude no sistema eletrônico de votação” como justificativa para romper ordem democrática.
O documento faz um detalhamento pormenorizado de plano de operação cuja missão seria ‘reestabelecer a lei e a ordem por meio da retomada da legalidade e da segurança jurídica e da estabilidade institucional’ e que visaria impedir um cenário de ameaça a qual ‘em suposta defesa da democracia, (objetivaria) controlar os 3 poderes do país e impor condições favoráveis para apropriação da máquina pública em favor de ideologias de esquerda ou projetos escusos de poder’
Trecho de relatório final da PF sobre o inquérito do golpe
UOL*