O cerco se fechou de vez para Jair Bolsonaro. Indiciado pela Polícia Federal (PF) junto a outras 11 pessoas por associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro no âmbito do inquérito que apura o caso das joias, o ex-presidente é apontado pelos investigadores como líder de uma organização criminosa que tentou desviar mais de R$ 6 milhões com vendas ilegais de joias e artigos de luxo do Estado brasileiro recebidos em viagens oficiais.
Na última segunda-feira (8), a população brasileira soube de boa parte das evidências reunidas pela PF contra o ex-presidente em relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que retirou o sigilo do documento. Neste relatório constam, entre outras provas, mensagens apontam de forma clara que Bolsonaro não só deu aval para que as joias fossem levadas aos Estados Unidos e vendidas, mas que liderou o esquema criminoso que estaria ligado, inclusive, à fraude em seu cartão de vacina – motivo pelo qual também foi indiciado pela PF – e à tentativa de golpe de Estado no Brasil em janeiro de 2023.
Diante dessas revelações, usuários das redes sociais têm reagido com a frase “Prendam Bolsonaro agora”. Entre a noite desta terça-feira (9) e madrugada desta quarta-feira (10), ela ficou entre os assuntos mais comentados do X, o antigo Twitter, com internautas repercutindo trechos do relatório da PF que incriminam o ex-presidente.
“Nós temos um desvendamento que agora a gente começa a entender. Porque a PF foi muito cuidadosa. Tem um trabalho que demonstra que eles [Jair Bolsonaro e os outros indiciados] cometeram um peculato, a comprovação de que o Bolsonaro determinou a venda das joias, sabia, concordou, e que coordenava a organização criminosa está ficando muito óbvia no trabalho da PF (…) Me parece que está sendo fechado um cerco onde você tem os motivos que levaram a essa organização criminosa a vender joias”, disse à Fórum o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.
Revista Forum*