O ministro do desenvolvimento regional Rogério Marinho (PL) falou uma das maiores atrocidades de sua carreira política ontem ao fazer uma análise sem qualquer embasamento fático sobre a informalidade no Brasil.
Querendo comparar as diferenças regionais ele chegou ao ponto de afirmar que um flanelinha no Leblon, bairro chique do Rio de Janeiro, chegaria a ganhar R$ 4 mil.
Confira o vídeo:
Rogério tentou naturalizar a informalidade usando uma anedota que é um tapa na cara do cidadão que perdeu o emprego e foi empurrado para a informalidade.
Ontem o IBGE anunciou que a informalidade chegou a 40% dos brasileiros ocupados.
Rogério é a pessoa menos qualificada para falar da informalidade nesse tom de anedota. Ele foi o relator da reforma trabalhista e um dos fiadores do discurso de que a retirada de direitos dos trabalhadores geraria mais empregos.
Ocorreu exatamente o inverso.
A reforma trabalhista dobrou a informalidade em cinco anos, segundo o IBGE. A precarização dos direitos trabalhistas.
A uberização do trabalho tem as digitais de Marinho.
A fala do ministro mostra que ele não é uma voz moderada dentro do bolsonarismo, mas uma pessoa com o mesmo potencial de falar absurdos. Ele é apenas não sai por aí dizendo impropérios contra minorias.
Mas é da mesma linha do “pobre é para se lascar”.
Blog do Barreto*